segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tomando vinho e tirando a roupa: Kiki de Montparnasse

Alice Ernestine Prin: você com certeza conhece sua bunda, só não sabia o seu nome.
Ainda não sabe quem é?

Pois é. Essa é a Alice, conhecida por Kiki pelos maiores artistas e boemios franceses do início do século 20. Eu também conhecia sua bunda, grande inspiradora da minha primeira rayografia; mas não conhecia sua história.
Fomos apresentadas através da graphic novel (que ganhei de presente de um amigo) escrita por José-Louis Bocquet e ilustrada por Catel Muller, e foi amor a segunda vista.

Kiki era intensa, tudo nela era um exagero. Bebida, drogas, sexo e o tamanho do nariz. Seu comportamento divertido atraiu artistas como Picasso, Ernest Hemingway, Marcel Duchamp, e finalmente, Man Ray, com quem Kiki teve uma relação amorosa durante algum tempo.
Recomendo a biografia fortemente. São mais de 400 páginas de quadrinhos divertidos e deliciosos.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Concurso de fotografia da UDESC dará R$15 mil a vencedores


Comemorando os 45 anos da universidade, o tema do concurso é "Saber e Compartilhar". São duas modalidades, colorido e preto e branco, com as seguintes premiações:
1º lugar (em cada modalidade): R$ 2.000
2º lugar (em cada modalidade): R$ 1.600
3º lugar (em cada modalidade): R$ 1.200
4º lugar (em cada modalidade): R$ 1.ooo
5º lugar (em cada modalidade): R$ 800
Além de R$300 reais para cada autor das 6 fotografias mais votadas por júri popular.
As inscrições são até 22 de março!
Acesse o site do CEART para mais informações:

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Embaianando

Boa noite, gente!
Ok, briguem comigo. Abandonei esse blog às traças, mas juro que por um bom (e delicioso) motivo. Decidi passar as férias em Salvador, assim como alguém decide fazer macarronada pro almoço. Enfiei câmera, tripé, tocha e sombrinha no meio das roupas, colei 3 adesivos de "frágil" na mala, e fui. Cheguei lá a mil por hora, com a intenção de relaxar. E foi exatamente o que aconteceu. Embaianei. Não no sentido pejorativo (até porque baiano é bem aceleradinho em muitos aspectos), mas sim na forma de encarar a rotina, os problemas, os dias corridos. Eles dão um banho no quesito tranquilidade. Fiz alguns registros e ensaios, mas a falta de pressa e a vontade de aproveitar a Bahia me fizeram esquecer, simplesmente, de postar novidades por aqui. Adiei meu retorno, senti vontade de ficar por lá mesmo em alguns momentos, mas não adianta. Até consigo curtir praia, calor, sol e rebolation por um tempo, adorei ficar rebolando (ou tentando rebolar) até o chão no carnaval. O problema é se pegar cantarolando e dançando no chuveiro! O melhor é voltar correndo pra casa, antes que tudo isso interfira na sua personalidade de uma forma irreversível. Voltei. Aos poucos vou entrando no ritmo e pondo em dia novidades; as minhas, as dos colegas, e todas as interessantes que chegam até mim.
Postarei algumas fotos da viagem durante esse mês. Começarei com a comprovação de que a minha passagem por Salvador foi super produtiva, olhem só: eu, sorridente e fugindo do calor do Pelourinho, numa exposição itinerante do Pierre Verger. Ignorem o sorriso amarelo e a falta de postura da modelo.


(foto por Tia Ruth fofíssima)

Pra quem não conhece a história desse louco, existe um documentário ótimo chamado Pierre Verger: Mensageiro entre dois mundos, que conta toda a tragetória desse francês que se encantou pela cultura negra, tudo com a narração de Gilberto Gil.
E só pra dar um gostinho:



Entrem no site da fundação, tem um acervo on-line incrível, vale a pena!
Vou até linkar de novo: http://www.pierreverger.org

Bom final de semana!
Beijos

Virgínia Rodrigues

sábado, 2 de janeiro de 2010

Focando grandes fotógrafos


Este foi um dos presentes que ganhei neste Natal. Com muito bom gosto, a inglesa Thames and Hudson catalogou 250 fotógrafos divididos em 20 assuntos (como guerra, moda e cidades), em um só livro, o Photo Box. Cada fotógrafo é representado por uma foto, acompanhada de texto explicativo e breve biografia. Estou adorando fuçá-lo e conhecer novos nomes, bem como rever um montão de coisa boa. Foi comprado na Saraiva, e acredito que não há versão em português. Indico.

Só pra deixar água na boca:


Foto de Guy Bourdin para campanha do estilista Charles Jourdan, 1979



Brooklyn, de Eugene Richards, 1993

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Eu gostei.

Confesso que andei relutante em opinar sobre o ensaio da Fernanda Young, clicado pelo Bob Wolfenson, para a Playboy. Minha primeira impressão foi altamente positiva, mas com tanta polêmica, resultado do fracasso de vendas, tentei procurar algum motivo para não tê-lo gostado. Não encontrei. Não sei se entendi direito se foi uma publicação deslocada, do tipo hora e lugar errados, ou ciências ocultas, o motivo do desastre. Tá mais pra primeira opção mesmo. Essa estética, apesar de atemporal, é atemporal somente para uma minoria. Os padrões mudam de tempos em tempos, poucos conseguem ser mais abertos as quebras de regras. Todo o resto, forma um consenso de preferência. Tinha tudo para tornar-se um clássico (no sentido fotográfico mesmo). Um resgate, enfim. É uma pena. Eu gostei.


E olha só quem também gostou:


(foto de Fábio Guinalz/AgNews)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Steve Klein e Madonna "causando".

Mal a poeira de Blame it on Rio baixou, lá vem polêmica nova. Pra quem não lembra (ou não faz a menor questão de saber), este foi o nome dado ao ensaio para a W magazine que Steve Klein clicou na passagem de Madonna e seu respectivo namorado-dj-modeléti-do-membro-de-ouro pela "cidade maravilhosa". Mas vamos deixar a fofoca para quem se importa com ela. O que não podemos negar é que a linguagem adotada por Steve é de extremo bom gosto. A ironia que determina a importância (e desimportância) de cada um no quadro é tão simples, mas ao mesmo tempo tão inteligente. Ele brinca com o poder, com a sensualidade, vulgaridade; e trata sobre um assunto tão em voga (e em Vogue) há tempos, o da mulher moderna. São fotografias que até podem ser esquecidas pelo tempo, mas ainda assim ajudam a construir e reafirmar a imagem de uma mulher e/ou de uma geração inteira.

(nesta foto, o figurino dela me lembra o de uma freira)

Pois notícias dizem que vêm novidades por aí. O novo ensaio para a Vanity Fair é uma prévia do que será a nova campanha da grife Dolce & Gabbana, cuja cantora foi escolhida como garota-propaganda. O tema da coleção será o cinema italiano, um prato cheio para Steve Klein.
Acontece que, ao que parece, o contexto será outro... Um conceito de Madonna (e de mulher) tão retrógrado, que chega a ser inovador. O que vocês acham?

Eu pago pra ver.